segunda-feira, 20 de setembro de 2010

In any other world

Então eu encontrei um lugar para trabalhar! Na verdade faz umas duas semanas, mas perdi as baterias da minha câmera e tive que emprestar, então demorou um pouco para as fotos.
Janelas grandes e luz natural = love <.3
O espaço é dividido em três áreas, uma sala mais ampla, uma de entrada e uma sacada (que eu amo).

Esse é o espaço maior. Ainda um pouco bagunçado, mas ei, estou com uma mesa e algumas prateleiras faltando, então tem muitas coisas fora do lugar.



Esse é o espaço da entrada. Por enquanto só com esta prateleira, mas ainda tem um bom espaço do lado, Então estou pensando no que colocar ali.




E essa é uma pecinha de decoração que terminei hoje. Provavelmente colocarei uma Kokeshi doll nela.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010



























Só um preview da melancia (que está demorando pra sair, mas por um bom motivo :} )


domingo, 12 de setembro de 2010

Um texto para se pensar...

"Nós não somos dinamarqueses"

Original por Denis Russo Burgierman, encontrado através de http://cyranodisse.wordpress.com

Em 1962, Copenhague, a capital dinamarquesa, foi tomada por uma polêmica. Estava nos jornais:

“Nós não somos italianos”, dizia uma manchete.

“Usar espaços públicos é contrário à mentalidade escandinava”, explicava outra.

O motivo da polêmica:

Um jovem arquiteto chamado Jan Gehl, que tinha conseguido um emprego na prefeitura meses antes, estava colocando suas manguinhas de fora. Gehl, que tinha 26 anos e era recém casado com uma psicóloga, vivia ouvindo dela a seguinte pergunta: “por que vocês arquitetos não se preocupam com as pessoas?”. Gehl resolveu preocupar-se. E teve uma ideia.

Havia em Copenhague uma rua central, no meio da cidade, cheia de casas imponentes e de comércios importantes. Era uma rua que tinha sido o centro da vida na cidade desde que Copenhague surgiu, no século 11 – a rua viva, onde as pessoas se encontravam, onde conversavam, onde os negócios começavam, os casais se conheciam, as crianças brincavam, a vida pública acontecia. Nos anos 1950, os carros chegaram e aos poucos essa rua foi virando um lugar barulhento, fumacento e perigoso. As pessoas já não iam mais lá. Trechos inteiros tinham sido convertidos em lúgrubes estacionamentos.

Pois bem. Aquele jovem arquiteto tinha um plano: fechar a rua para carros.


Copenhague não aceitou facilmente a novidade. Os comerciantes se revoltaram, alegaram que os clientes não conseguiriam chegar. São dessa época as manchetes de jornal citadas no começo do texto. O que os jornais diziam fazia algum sentido: Copenhague não é no Mediterrâneo. Lá faz frio de congelar – o mês de dezembro inteiro oferece um total de 42 horas de luz solar. Ninguém quer andar de bicicleta, ninguém quer caminhar. Deixe meu carro em paz.

Mas o jovem arquiteto ganhou a disputa. Nascia o Strøget, o calçadão de pedestres no meio da cidade que hoje é a maior atração turística de Copenhague. As pessoas adoraram a rua para pedestres desde que ela foi fundada. Na verdade, o comércio da região acabou lucrando muitíssimo mais, porque a área ganhou vida e gente passou a caminhar por lá a todo momento. É até lotado demais hoje em dia.

Stroget_copenhagen_4

Imagem de Circle2Concepts

O arquiteto Gehl caiu nas graças da cidade e continuou colaborando com a prefeitura. Suas ideias foram se aprimorando. Ele descobriu que o ideal não é segregar pedestres de ciclistas de motoristas: é melhor misturá-los. Alguns de seus projetos mais interessantes são ruas mistas, nas quais os motoristas sentem-se vigiados e dirigem com um cuidado monstro. Outra sacada: que essa história de construir ruas para diminuir o trânsito é balela. Quanto mais rua se constrói, mais trânsito aparece. Quanto mais ciclovia, mais gente abandona o carro.

Em grande medida graças às ideias de Gehl, Copenhague é a grande cidade europeia com menos congestionamentos. 36% dos deslocamentos são feitos de bicicleta, mesmo com o clima horrível de lá, e a população tem baixos índices de obesidade e doença cardíaca.

“Copenhaguizar” virou um verbo: significa tornar uma cidade mais agradável à maneira de Copenhague. Jan Gehl abriu um escritório de arquitetura cuja filosofia é “primeiro vem a vida, depois vêm os espaços, depois vêm os prédios”. Ele passou a ser contratado por várias cidades australianas interessadas em “copenhaguização”. Seus projetos revolucionaram Sidney, Perth e Melbourne, tornando seus centros mais divertidos, cheios de cafés, arte e vida, reduzindo carros, atraindo gente para fora de casa. De uns tempos para cá, Gehl, que hoje tem 74 anos, passou a ser procurado pela “big league” das cidades: Londres e Nova York o contrataram como consultor para transformar seus espaços urbanos. Ambas têm feito muito desde então.

Enquanto isso, aqui na minha cidade, se alguém fala em melhorar o espaço público, logo ouve:

“Nós não somos dinamarqueses. Usar espaços públicos é contrário à mentalidade brasileira.”

50 anos atrasado.

Outra frase que se ouve muito aqui:

“Brasileiro adora carro.”

Adora nada, meu filho, presta atenção. Isso é propaganda de posto de gasolina!

domingo, 5 de setembro de 2010

Oxfords ou Brogues?

Então, como disse no último post, decidi fazer aqui uma pequena explicação sobre os sapatos oxford e brogues. Por quê? Porque os oxfords estão ficando em alta nesse verão, e foi só quando eu comprei o meu que descobri sobre as diferenças entre estes dois tipos de calçado.

Pra começar, falemos sobre o que é broguing. É a denominação de um tipo de decoração específica, criada se fazendo pequenos furos que formam padrões ao longo das costuras, na biqueira ou no calcanhar.
E o que são os brogues? São sapatos feitos em couro mais pesado, originários da Escócia e da Irlanda, com encadarçamento aberto e normamentel feito em tons naturais, sendo que eram feitos para uso no campo.
Os Full brogues, seriam aqueles com a biqueira em forma de W , e os Half-brogues seriam aqueles com a biqueira de corte arredondado, apesar de que hoje isso se refere mais à quantidade de decoração feita no sapato, também nos modelos de encadarçamento fechado, como os Oxfords.

Estes por sua vez, também originários na Escócia e na Irlanda (e às vezes também chamados Balmorals), podem ou não ter a decoração em broguing, e seu nível de formalidade pode depender do tipo do couro usado, e dos detalhes, como sem biqueira (mais formal) ou com (menos formal). Assim, variam desde sapatos de uso formal até de uso diário.



Ghillie brogues tradicionais



















Brogues com encadarçamento fechado































Oxfords