sábado, 18 de junho de 2011

A sombra confia ao vento

Mudei muito no útimo ano, desde que fui à Itália junho passado, mais precisamente. E logo, também mudou meu gosto musical. Apenas há duas semanas fui assistir a uma ópera pela primeira vez. Justo que foi uma transmissão, mas mesmo assim.

Por isso resolvi compartilhar algumas coisas sobre Heitor Villa-Lobos e Bidu Sayão.

Villa-Lobos foi um maestro e compositor brasileiro, sendo dado como o responsável pelo desenvolvimento de uma linguagem musical particularmente brasileira. Nascido em 1887, começou a estudar música com o pai, que era bibliotecário e músico amador, e já com 12 anos de idade iniciou seu trabalho como músico em cafés, teatros e bailes, tocando o violoncelo.

Estudou no Instituto Nacional de Música no Rio, mas sua música nunca se encaixou nos padrões acadêmicos. Como ele mesmo dizia, "Minha música é natural, como a cachoeira".

Em 1930, após algumas viagens pelo norte e nordeste do Brasil para estudar os sons folclóricos e populares e tendo participado da Semana de Arte Moderna (1922), já havia recebido uma bolsa de estudos em Paris através do governo brasileiro, e logo foi nomeado diretor de educação musical no Rio.

Em 1944, através do maestro Leopold Stokowski, aceitou o convite do também maestro Werner Janssen de  turnê pelos Estados Unidos.

O impacto internacional de seu trabalho pode ser sentido, em especial na França e nos Estados Unidos, e pode ser visto pelo editorial feito pelo New York Times no dia seguinte ao da sua morte em 1959.

Bidu Sayão foi uma soprano brasileira, sendo uma artista principal do Metropolitan Opera de New York de 1937 a 1952. Teve sua estréia na ópera no Rio de Janeiro aos dezoito anos, e a partir disso, teve a oportunidade de estudar com Elena Teodorini e mais tarde com Jean de Reszke. Ela se apresentou em várias localidades, entre as quais Roma, Buenos Aires e Paris, além do Brasil.

Em 1930, estreou no Teatro alla Scala em Milão, e no ano seguinte na Ópera de Paris, logo se tornando uma das principais sopranos na Europa.

Chegou nos Estados Unidos através de um recital no Town Hall em Nova York, depois passando por Washington National Opera, New York Phillarmonic e finalmente o MET Opera.

Teve uma duradoura relação artística com Villa-Lobos. Sendo ela a cantora favorita do compositor, existem várias gravações de obras suas nas quais ela toma parte, como a Bachiana Brasileira Nº 5 e Floresta do Amazonas.

Em 1952 ela decide se retirar da ópera, e se aposentar enquanto ainda em plena forma.




                                         

Espero que gostem os que não conheciam.

PS: aceito e agradeço indicações musicais :)


Sources - Wikipedia (en/pt), Memoriaviva.com.br, Museuvillalobos.org.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Day of Holi

Então eu resolvi escrever sobre coisas que vejo por aí, e que de alguma forma chamam minha atenção. Começarei pelo Day of Holi, o qual eu conheci através de um filme (não faço ideia do título por sinal...). É sobre um funcionário (?) de uma companhia de telefones (ou algo assim) que é transferido para a India para cuidar do call center de lá. No início ele detesta tudo até que começa a conhecer as pessoas e o lugar e por aí vai. E uma das coisas que começou a fazê-lo mudar de ideia, foi a comemoração do Day of Holi.

É um festival de primavera, de origem religiosa celebrado pelos Hindus, durante o qual as pessoas jogam pós e águas coloridas umas nas outras. A data geralmente cai entre o final de fevereiro e o início de março.

           

Os pós coloridos, que podem ser vistos expostos nos mercados das cidades, São tradicionalmente feitos de  Neem, Kumkum, Haldi, Bilva e outras ervas utilizadas pelos médicos da Ayuverda, e a atividade de jogar cores uns nos outros tem um significado medicinal, já que nessa época do ano ocorrem mudanças do clima que acarretam doenças.




                              


                     


Acho incrível todo o aspecto do festival de cores, tendo essa data que lembra o quão brilhante e alegre as coisas da vida podem ser, mesmo em tempos ruins. Ás vezes sinto falta de cor, e parece que cada vez mais existe uma necessidade de tudo ser com tanto esmero, e impecavelmente limpo, pra parecer chique ou sei lá. E olho pela janela e vejo uma cidade de cinzas, pretos, brancos e beges. Até me deixa feliz passar por uma rua assim meio escondida e de repente me deparar com uma casa colorida :)


Aliás isso me lembra do projeto da Coral, Tudo de Cor pra Você, que está passando pelas cidades brasileiras e revitalizando as áreas históricas pintando-as em várias cores diferentes.E tudo fica tão mais bonito. Deem uma olhada ;) http://www.flickr.com/photos/coral-brasil/







E se quiser descobrir mais sobre o Day of Holi, vejam Holifestival.org e Wikipedia ;)


Ps: Galere, vocês são muito quietos. Falem comigo para que eu possa falar com vocês :)